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BCG aponta que 10% dos brasileiros não pretendem comprar automóvel

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O uso cada vez mais frequente de aplicativos de compartilhamento de veículos está mudando o comportamento de consumidores brasileiros: um estudo realizado pelo Boston Consulting Group (BCG) aponta que 10% do público pesquisado não pretende comprar um automóvel, enquanto outros 31% e que não possuem carteira de motorista sequer consideram tirar uma.

Os dados constam na pesquisa A Nova Realidade da Mobilidade no Brasil, que traça um diagnóstico sobre o compartilhamento de viagens urbanas em carros privados no país, apontado pelo estudo como fator que vem ajudando a quebrar a velha máxima da posse do carro próprio.

Os dados mostram que os apps de transporte individual são utilizados pelo menos uma vez por semana por 55% dos brasileiros das classes A, B e C. Com relação à escolha dessas modalidades, que inclui apps de carona, os usuários indicam atributos como a facilidade para uso e pagamento, despreocupação com estacionamento, divisão dos custos com corridas, autonomia e a possibilidade de beber e não precisar dirigir.

Com base nos dados da pesquisa, especialistas do BCG avaliaram os custos médios de diferentes meios de transporte e concluíram que para quem roda até cinco mil quilômetros por ano em carros básicos ou seis mil quilômetros em veículos com opcionais e câmbio automático – o que corresponde a 20% dos entrevistados – é mais econômico se locomover por meio de transportes privados compartilhados que manter um veículo próprio.

“O compartilhamento de carros no Brasil vem transformando o modelo de posse de veículos. Com o aumento da popularidade dessa modalidade de transporte, a população passa a perceber cada vez mais o carro como um serviço em vez de um bem”, explica o sócio do BCG e um dos autores do estudo, Regis Nieto.

Nos centros urbanos, com população acima de 100 mil habitantes, o nível de penetração dos carros compartilhados chega a 62%, enquanto nas cidades menores é de 37%. O uso compartilhado de carros privados é mais popular entre as mulheres, com índice de penetração de 60% dos homens é 50%. Mais de 65% dos usuários assíduos dos carros compartilhados possuem veículos próprios enquanto nos usuários ocasionais o índice é de 55%.

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