Emplacamentos de automóveis e utilitários vendidos nas concessionárias cresce só 2,6% .

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Venda de veículos leves cresce 7,6% em 2019 e Fenabrave prevê 9% em 2020

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A pequena aceleração sazonal das vendas de veículos leves em dezembro, com quase 252 mil unidades emplacadas e crescimento de 9,1% sobre novembro e de 12% ante o mesmo mês de 2018, foi insuficiente para colocar o mercado nacional no patamar projetado há um ano, quando esperava-se expansão anual em torno de 12%. Em 2019 foram vendidos 2,66 milhões de automóveis e utilitários leves, resultado 7,6% acima do ano anterior, de acordo com números consolidados na quinta-feira, 2, pela associação dos concessionários, a Fenabrave.

A entidade já divulgou sua primeira projeção para 2020, quando estima que os emplacamentos vão crescer 9%, superando a barreira psicológica dos 3 milhões de veículos comprados, o que não acontece desde 2014.

A média de emplacamentos diários, termômetro que mede a força comercial do mês, em dezembro atingiu um dos maiores níveis do ano com quase 12 mil veículos leves emplacados em cada um de seus 21 dias úteis, resultado acima dos 11,5 mil unidades diárias de novembro, que teve um dia útil a menos (20). O destaque é que no último mês de 2019 a média se manteve alta mesmo com os feriados de fim de ano que caíram no meio de semana, o que costuma desaquecer o movimento de emplacamentos.

FORÇA DAS VENDAS DIRETAS

O resultado anual do mercado nacional de veículos leves foi quase que inteiramente puxado pelas vendas diretas, em que o carro é faturado pela fábrica diretamente ao consumidor, neste caso representado majoritariamente por frotistas, como locadoras de automóveis. Os emplacamentos com faturamento direto da montadora representaram em 2019 pouco mais de 45% dos negócios, o que representa 1,21 milhão de unidades comercializadas por esse canal, em alta de 14,3% sobre 2018.

Em contrapartida, as vendas de veículos no varejo, aquelas feitas nas concessionárias, somaram 1,44 milhão, resultado apenas 2,6% maior do que o observado um ano antes. Apesar de aparentemente “roubar” negócios das lojas, o crescimento do mercado quase todo concentrado nas vendas diretas parece não preocupar tanto os concessionários, porque eles participam de uma parcela dessas transações ao intermediar, por exemplo, a compra de carros com preço especial isento de impostos para pessoas com deficiência (PcD), que são negociados na concessionária mas faturados pelo fabricante diretamente ao consumidor.

Com regras de bastante elásticas para o comprador e maior oferta de automóveis enquadrados nos valores até o teto de R$ 70 mil, as vendas a PcD vêm crescendo exponencialmente nos últimos anos.

Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o desempenho do mercado de veículos leves em 2019 está mais diretamente ligado à oferta crescente de crédito com juros baixos, associada à baixa da inadimplência.

“A queda na taxa de juros e a manutenção do índice de inadimplência, dentro dos parâmetros aceitáveis, motivaram a confiança das instituições financeiras em ampliar a oferta de crédito, impulsionando as vendas nesses segmentos”, destacou Assumpção Júnior.

AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES

Os dois segmentos de veículos leves tiveram desempenhos porcentuais bastante parecidos em 2019. Foram vendidos 2,26 milhões de automóveis, em alta de 7,6% sobre 2018. Para 2020 a Fenabrave projeta crescimento de 9% para a fatia de maior volume do mercado (2,46 milhções).

Já as vendas de comerciais leves somaram 397 mil unidades em 2019, o que representa expansão de 7,7% ante 2018. A projeção da Fenabrave para o segmento em 2020 é de nova expansão de 9,1%, para 433 mil utilitários vendidos.

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