Varejo farmacêutico alcança recorde de R$ 58,2 bi de faturamento em 2020

Varejo farmacêutico alcança recorde de R$ 58,2 bi de faturamento em 2020

Segundo a entidade, grande parte do resultado foi impulsionado pela venda de produtos classificados como “não medicamentos”, por exemplo, itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumarias. Essas mercadorias movimentaram R$ 18,7 bilhões nas gôndolas e tiveram avanço de 9,16% em relação ao ano anterior. O valor representa 32% da receita total do setor.

Além disso, os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) registraram incremento anual de 17,68%, chegando pela primeira vez à casa dos R$ 10 bilhões em receita. A comercialização geral de medicamentos foi de R$ 39,4 bilhões no período.

De acordo com a Abrafarma, o segmento de e-commerce e delivery ganhou relevância, com alta de 137,11% em relação ao ano anterior. A categoria totalizou R$ 1,77 bilhão em receita e ampliou a representatividade de 1% para 3% do volume de negócios. Outro destaque do ano foi a introdução dos testes rápidos para covid-19 a partir de abril, que ultrapassou a marca de 2,5 milhões de testagens realizadas.

A associação também aponta que o tíquete médio das farmácias saltou de R$ 55,07 para R$ 65,69, alta de 19,2%. “O grande varejo viveu em cinco meses uma transformação de cinco anos em função da pandemia e do novo perfil do consumidor, muito mais digital e objetivo nas suas compras. E as farmácias ganharam relevância nesse contexto, tornando-se um canal cada vez mais conveniente para o cliente adquirir uma ampla cesta de produtos”, avalia Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, em nota enviada ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Abrafarma aponta que as empresas associadas detêm participação de mercado de 45% do setor, embora representem apenas 10% das 80 mil farmácias em operação no País.