As 10 marcas mais vendidas de carros de luxo representaram apenas 2,3% das vendas totais em 2019.

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Segmento premium fica parado no Brasil e BMW retoma liderança

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O crescimento de 7,6% das vendas de automóveis no Brasil em 2019 passou longe do segmento premium. As 10 marcas de carros de luxo mais vendidas no País somaram apenas 52,4 mil unidades emplacadas no ano, em expansão incipiente de 0,8% sobre 2018 e representação pífia de 2,3% do mercado total de 2,26 milhões – no exercício anterior essa participação foi até um pouco maior, 2,5%.

Dois movimentos conjuntos podem explicar o cenário de contração. O primeiro é que quase todos esses modelos são importados, ou montados aqui com peças importadas, e foram muito encarecidos pela alta do dólar. Ao mesmo tempo, veículos nacionais mais baratos passaram a competir em faixa similar ao incorporar muitas funcionalidades e equipamentos antes só encontrados em produtos de nível superior.

Entre as 10 marcas mais vendidas que podem ser consideradas premium, a BMW conseguiu retomar no Brasil a liderança do segmento perdida no ano anterior– ainda que na soma das vendas globais dos fabricantes de carros de luxo a Mercedes-Benz ainda segue na primeira posição e a BMW fica em segundo.

Graças a lançamentos de novas gerações de seus produtos de maior sucesso no País, como Série 3 e X1, a BMW terminou 2019 com 13,1 mil emplacamentos no mercado brasileiro e crescimento de 15,6% sobre 2018, dominando quase um quarto, 25%, das vendas do segmento. Já a outra marca do grupo, a Mini, teve desempenho negativo, vendeu 5% menos com 1,7 mil unidades e ficou com participação estável de 3%.

Sem muitas novidades no ano, a Mercedes-Benz apurou resultado oposto ao de sua principal concorrente. Foi a marca do segmento que mais perdeu participação no ano (quatro pontos a menos, para 19,1%). Por isso desceu da liderança para o segundo lugar em 2019, com 10,1 mil emplacamentos, o que significou queda de 16,7% sobre 2018.

A Audi, que em 2015 chegou à liderança do segmento e ficou em segundo em 2016, está parada na terceira posição desde 2017, quando a empresa mudou sua estratégia no País para privilegiar a rentabilidade. Em 2019, com 8,7 mil emplacamentos, o desempenho ficou praticamente estagnado, com imperceptível crescimento de 0,4% sobre 2018 e participação estável de 16,5% entre as 10 mais.

Atuando no mercado brasileiro só com modelos importados, a Volvo conseguiu em 2019 repetir o bom desempenho dos últimos anos, com 7,9 mil emplacamentos e crescimento ao redor de 16%. Com isso, manteve a quarta colocação do segmento premium conquistada em 2018, ficando com participação perto de 15%, quase dois pontos porcentuais acima do exercício anterior.

A Land Rover continuou a perder terreno em 2019, com 6,75 mil emplacamentos, em baixa de 13% sobre 2018, mas conseguiu se manter na quinta posição do ranking com participação de 11%, porcentual 1,8 ponto menor que o do ano anterior. A outra marca do grupo JLR, a também inglesa Jaguar, teve desempenho estável, com 1,8 mil emplacamentos e participação de 3,4%.

Ao ficar parada, a Jaguar desceu para o sétimo lugar do ranking premium. Quem subiu ao sexto posto foi a Porsche, que em 2019 teve performance comercial notável no Brasil, com 1,85 mil carros vendidos e crescimento de 26,9%, o que garantiu expansão de 0,7 ponto no market share, que se elevou a 3,5%.

Mas o maior crescimento porcentual do ano entre as marcas premium foi o da Lexus, divisão de luxo da Toyota que começou a trazer ao País seus mais novos modelos híbridos. Com isso, vendeu 1,2 mil unidades em 2019, número 53,4% superior ao registrado em 2018. A participação cresceu 0,8 ponto, mais ainda é baixa, de apenas 2,3% no segmento.

Em décimo lugar na tabela, a japonesa Subaru, representada no Brasil pelo Grupo Caoa, perdeu força em 2019 por causa de preços altos e falta de novidades relevantes na comparação com a concorrência. Foram vendidos apenas 587 carros da marca no ano passado, um tombo de 28,4% ante 2018, e a participação no segmento caiu 0,45 ponto, para 1,1%.

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