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Páscoa já gera renda no varejo e contratações na indústria

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A quase dois meses da Páscoa, a data, comemorada no dia 12 de abril, já está no radar do mercado, movimentando desde a indústria até o varejo e a panificação. Em alguns supermercados e padarias de Belo Horizonte, ovos de chocolate já estão sendo comercializados. A antecipação vem a reboque da expectativa de crescimento nas vendas neste ano, em comparação com o anterior, que, de acordo com empresários, deve ficar entre 4% e 5%. Isso fez com que o feriado fosse apontado como o quarto mais aguardado pelo comércio, em pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), citada por 13,4% do empresariado como um ponto de atenção no início do ano.

Vinicius Dantas, presidente da Associação Mineira de Panificação (Amipão), explica que o cenário econômico está mais favorável no início de 2020 do que esteve em 2019. Ele cita fatores como o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, que causou retração na indústria mineira, e o pequeno desenvolvimento das políticas econômicas dos governos federal e estadual. “Puxado pelo Carnaval, estamos percebendo aquecimento na economia. Isso se dá na dificuldade de contratação de mão de obra, na falta de algumas mercadorias que usamos como matéria-prima. A expectativa para a Páscoa é muito positiva, a panificação está modificando os hábitos e inovando. Esperamos crescimento de, no mínimo, 5% no período”, afirma o empresário.

Emprego

A boa perspectiva para o feriado se refletiu no número de contratações na indústria brasileira de chocolates neste ano. Para atender os pedidos de Páscoa, o setor gerou 14 mil vagas temporárias, entre diretas e indiretas, nos dois primeiros meses de 2020. A informação é da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas (Abicab). Não há informações específicas sobre o mercado de Minas Gerais. De acordo com a entidade, o planejamento para as vendas começou a ser pensado há 18 meses, e as contratações começaram a tomar corpo em setembro de 2019.

Historicamente, há aumento de 16% no volume de mão de obra nos parques industriais no período, e neste ano a Abicab prevê patamar parecido. Apesar de alguns produtos já serem comercializados no varejo, a entidade acredita que os ovos devem tomar conta das gôndolas de supermercados só depois do Carnaval.

O presidente da Abicab, Ubiracy Fonsêca, ressalta que o investimento em inovação no mercado de chocolates é uma das razões para o crescimento no mercado de Páscoa, além do caráter emocional da celebração. “Presentear com chocolate na Páscoa é uma tradição no Brasil, por isso as indústrias investem constantemente em inovação para fazer frente a esta demanda e contribuir, durante este período, para o aquecimento da economia e a movimentação do varejo”, afirma.

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