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Mobilidade compartilhada perderá espaço no pós-pandemia

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Em entrevista concedida à Live do Tempo desta sexta-feira (8), Ricardo Bacellar, líder do setor automotivo da KPMG Brasil, afirmou que o padrão de consumo de veículos no Brasil deverá mudar após o fim da pandemia. Ao traçar um paralelo sobre como o mercado interno poderá se espelhar em outros para superar a crise do novo coronavírus (Covid-19), o executivo afirmou que na China, país que vem, aos poucos, retomando à normalidade, o que se viu foi uma busca por veículos usados em detrimento até mesmo pela mobilidade pública ou compartilhada.

“Creio que após o fim da Pandemia teremos uma reacomodação. Nosso grande patrão é o cliente e ele mosra que estamos passando por processo de mudanças sociais. É fundamental que a nossa indústria e qualquer outra esteja muito atenta à cabeça do consumidor. Qualquer bem de consumo é muito influenciado pela perceção do valor de compra, que é composto por uma série de itens que se modificam pelo ambiente social. Acompanhamos de lupa o que vem acontecendo na China, observando que o início de retomada lá é bastante focado nos veículos usados. Isso se deve ao fato de ser mais acessível, e porque o consumidor está voltando a ter seu próprio carro em detrimento de deslocamento coletivo. Por quê isso? Isso se deve ao fato de que a percepção de conforto sanitário passou a ocupar a percepção de consumo do consumidor. Esse consumidor passou a valorizar que se tiver o próprio carro, terá mais controle sanitário”, apontou Bacellar.

Porém, segundo o líder do setor automotivo da KPMG Brasil, esse padrão visto na China só será repetido no Brasil se o consumidor tiver maior acesso ao crédito.

“A chance de isso acontecer é grande. Mas, claro, temos e derespeitar as diferenças culturais. Se após a pandemia vivermos em um ambiente de pouco emprego, pouca confiança e com pouca oferta de crédito, esse componente também será influenciado. De uma maneira geral, o que aposto é que o retorno do setor automotivo virá primeiro em carros mais baratos, possivelmente usados, e as montadoras poderão criar modelos menos incrementados. Nos últimos quatro anos, os carros de entrada estão muito aperfeiçoados. Pode ser que teremos esses assessorios menos comuns aos setores de entrada”, completou Bacellar.

Apesar da tendência do mercado, Bacellar é enfático ao dizer que o grande expoente para retomada do setor, que representa cerca de 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, será a oferta de crédito ao consumidor.

“O nosso negócio sofre uma influência grande da oferta de crédito. Essa retomada vai ficar mais intensa no mercado de caminhões, uma vez que agronegócio está sofrendo pouca influência. Não à toa, a maior parte das plantas que tão retomando as atividades são as de caminhões, porque existe um movimento para isso. Se isso acontecer, vai ser mais uma tendência de reforçar o mercado de caminhões. No mercado de veículos de passeio, temos que olhar a massa empregada, se os empregos serão retomados e se a parcela de salário retirada agora vai ser restaurada. Também, precisaremos saber se consumidor vai ter confiança e se o crédito vai descer para patamares palatáveis”, concluiu Bacellar. Vai ter uma reacomodação. Nosso grande patrão é o cliente. Estamos passando por processo de mudanças sociais. É fundamental que a nossa indústria e qualquer uma outra estejam muito atentaas à cabeça do consumidor. Qualquer bem de consumo é muito influenciado pela perceção do valor de compra, que é composto por uma série de ítens que se modificam pelo ambiente social. Acompanhamos de lupa o que vem acontecendo na china, estamos acompanhando que o início de retomada lá é bastante focado nos veículos usados,  porque é mais acessível, e porque o consumidor está voltando a ter seu próprio carro em detrimento de deslocamento coletivo. Por que isso? A percepção de conforto sanitário passou a ocupar a percepção de consumo do consumidor. Esse consumidor passou a valorizar isso, porque, se tiver o próprio carro, terá mais controlo sanitário.

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