Micro e pequenos negócios migram para o on-line e ajustam logística

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A pandemia do coronavírus mudou o pensamento do consumidor. Segundo pesquisas, houve aumento de cerca de 40% no número de vendas virtuais. E esse número só tende a continuar crescendo. Com a mudança no hábito de consumo, muitos empreendedores optam por criar uma loja virtual, e até mesmo os que já tinham querem reforçar as vendas.
 
“Com isso, adaptar-se à loja virtual é necessário para manter os clientes e enfrentar a crise”, destaca Juliano Primavesi, CEO da KingHost, empresa de soluções digitais. A transformação do off-line para o digital tem sido essencial para manter a produtividade da empresa, principalmente em micro e pequenas. “Esse pequeno varejo será um dos que mais irá sofrer com essa crise”, alerta Felipe Dellacqua, sócio da VTEX.
 
“Compreender o período que estamos vivendo e fazer ações que condizem com a situação das pessoas é o caminho certo para continuar as vendas. Adaptar-se para o delivery cria uma nova estratégia”, exemplifica Primavesi, empresa de soluções digitais. De acordo com o executivo, é importante entender os custos e os benefícios que essa opção trará para cada empresa.
 
“Uma alternativa é investir nas mídias digitais e divulgar nesses canais essa nova opção de entrega”, aconselha.
E como fazer essas tele-entregas? “Hoje, temos diversos aplicativos especializados em delivery”, destaca o CEO da KingHost, ao lembrar que também é possível combinar outras formas de entrega com o consumidor, que é o foco da transformação digital. “É o cliente que escolhe onde, o que quer e como quer fechar o negócio. Por isso, identificar o potencial comprador é o principal meio para venda da marca”, afirma.
 
Por isso, aponta Primavesi, estar em marketplaces pode ser uma saída assertiva neste momento. O marketplace, diz o executivo, é uma opção de estar presente para o cliente em mais lugares, uma vez que funciona como uma espécie de shopping center virtual que reúne diversas lojas e marcas em um mesmo lugar.
 
“Outro meio que pode ser incluído no modelo de negócios é participar de grupos locais em redes sociais. Esses grupos, como no Facebook, podem ser criados por qualquer pessoa e conversar com um maior número de pessoas”, conta Primavesi.
 
Outra medida importante é a organização do estoque em menos pontos de distribuição. “Faça uma coleta do que está parado nas lojas físicas fechadas e crie centros de distribuições regionais, centralizando a disponibilidade e a oferta de estoque. Não deixe produto parado em lojas fechadas”, recomenda Dellacqua. Além disso, o gerenciamento do estoque feito de forma correta evita desperdícios e falta de produto.
 
“Identifique quais são os itens de maior demanda e procure deixar que nunca estejam em falta. Um sistema de gestão empresarial, como um software simples, pode centralizar todas essas atividades com rapidez e organização, e possui os dados sempre atualizados para que você possa consultar”, assegura Luiz Torres, CEO da Flores Online.
 
Com vasta experiência na área por ser um dos piorneiros em e-commerce de flores e presentes especiais do País – a Flores Online foi fundada em 1998 -, Torres lembra que o estoque é apenas um dos passos a se estar atento no setor que corresponde à logística. “Outros problemas são as altas tarifas, condições de estradas, roubo de mercadoria, má qualidade da frota em circulação, ineficiência da própria tecnologia aplicada e não entender as ferramentas que se tem disponíveis”, pontua. Para o executivo, a compreensão desse cenário e saber como poder utilizar todos os recursos é essencial para que o consumidor final não arque com as consequências de um atraso em uma entrega, por exemplo, e a marca não fique mal vista perante os olhos do consumidor.
 
Por isso, diz o sócio da VTEX, a logística precisa ser vista como grande aliada. “Neste momento, a agilidade está a favor do e-commerce”, alerta ele, ao recomendar parcerias e contratos com empresas de delivery expresso.
 
“Centralizar a origem do produto facilita também o trabalho das transportadoras”, completa. O importante, ressalta Dellacqua, é se adaptar aos novos hábitos de consumo para manter o negócio e as vendas.

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