Fabricantes fecha ano com 31% de participação; quatro marcas concentram 86% dos negócios.

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Mercedes-Benz amplia liderança de vendas de caminhões em 2019

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Em 2019 a Mercedes-Benz ampliou sua liderança de vendas no mercado brasileiro de caminhões. Com os ajustes feitos nas linhas Actros e Axor de modelos pesados – segmento que concentrou metade dos negócios no ano –, a fabricante cresceu acima da média do mercado (33%), com 31,4 mil veículos emplacados e expansão de 40,8% sobre 2018. A participação também aumentou consideráveis 1,7 ponto porcentual, encerrando dezembro em quase 31%. Assim a Mercedes dominou perto de um terço dos emplacamentos de caminhões no ano passado.

Com a grande aglutinação das vendas de caminhões no segmento de pesados, o mercado ficou ainda mais concentrado: 86,2% das vendas foram feitas por apenas quatro marcas, pela ordem, Mercedes, VW/MAN, Volvo e Scania, que em 2018 tiveram domínio um pouco menor, de 81%, mas ainda assim elevado.

A VWCO, com as marcas Volkswagen e MAN, conseguiu segurar a segunda posição no ranking mesmo sem ter participação relevante no segmento de pesados, com liderança entre os caminhões médios e semipesados e vice-liderança em semileves e leves – neste último caso graças ao bom desempenho do novo Delivery em seu segundo ano cheio de vendas. Com 26,7 mil emplacamentos, a VWCO cresceu 32% sobre 2018 (pouco abaixo da média do mercado) e seu market share ficou estacionado em 26,1% (0,2 ponto menor do que no ano anterior).

Com produtos focados no segmento de pesados, as duas marcas suecas subiram posições no ranking. A Volvo foi a líder das vendas de pesados e no total emplacou 16,8 mil veículos no ano todo, com expressivo crescimento de 58,3% sobre 2018, foi a marca de volume que mais cresceu em 2019 e também a que mais ganhou participação, 2,64 pontos porcentuais, para 16,5%. Com isso, subiu da quarta posição e em 2019 tornou-se a terceira força do mercado nacional de caminhões.

A Scania veio logo atrás, subindo da quinta para a quarta posição do ranking, mas no caso tomou o lugar deixado livre pela Ford. Foram emplacados 12,7 mil caminhões Scania em 2019, expansão também expressiva de 47,6% e ganho de 1,2 ponto de participação, fechando o anjo com 12,5%.

No mesmo ano em que decidiu fechar a fábrica de São Bernardo do Campo (SP) e se retirar do mercado de caminhões, a Ford fechou 2019 com quase 6,5 mil emplacamentos, em queda de 30,7% sobre 2018, mas ainda assim garantiu a quinta colocação no ranking anual. Apenas com vendas de produtos em fim de linha (a produção foi encerrada definitivamente em outubro), houve perda de 5,8 pontos porcentuais de participação, que terminou o ano em 6,3%.

É mais do que conseguiu fazer a Iveco, que tem uma linha generalista de produtos mas até agora não teve sucesso em tomar parte do terreno deixado pela Ford. A marca de caminhões do grupo CNH Industrial fechou 2019 com quase 3,9 mil emplacamentos e crescimento de 39% sobre 2018, acima da média de mercado, mas insuficiente para ganhar participação, que permaneceu estacionada em 3,8%.

Mesmo sem grandes novidades em sua linha de produtos, a DAF seguiu com vendas em crescimento no ano, manteve a sétima posição no ranking contabilizando 3,2 mil emplacamentos, alta de 38,5% ante 2018, mas a participação ficou parada em 3,2%.

Em 2019 a Caoa Hyundai voltou a produzir e vender seu modelo leve HD – o único produto da empresa no mercado de caminhões – e por isso anotou crescimento exponencial de 268,6%, mas com baixo volume de 258 emplacamentos (bem mais do que os 70 de 2018). A participação da marca é marginal, 0,25%, mas garante a oitava colocação no ranking.

Mantendo o nono lugar, a gaúcha Agrale vendeu apenas 43 caminhões em 2019, entre semileves, leves, médios e semipesados. A marca não conseguiu aproveitar o crescimento do mercado no ano passado, muito pelo contrário, as vendas caíram 15,7%, o que não alterou a participação quase imperceptível da empresa de 0,04%.

Na décima posição do ranking em 2019 apareceu a chinesa BYD, que conseguiu vender seus primeiros 29 caminhões elétricos no Brasil. A marca sequer participou do mercado de caminhões em 2018, por isso não há nível de comparação de seu desempenho com o ano anterior.

Existem mais curiosidades abaixo do décimo lugar na tabela das marcas de caminhões vendidas do País. Ainda aparecem vendas de fabricantes que já deixaram de produzir ou importar, mas continuam emplacando veículos que sobraram no estoque. É o caso da International, que fechou a fábrica de Canoas (RS) em 2015 e emplacou 16 caminhões no ano passado, segundo consta no Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Algo parecido ocorre com a chinesa JBC, que tinha produtos importados pela Effa Motors e registra 14 emplacamentos em 2019.

Mais curioso é o comportamento de outra chinesa, a Foton, que vinha montando alguns caminhões em linha alugada da Agrale em Caxias do Sul (RS). No início de 2019, a montadora confirmou a intenção de investir diretamente no mercado brasileiro, incluindo a construção em uma fábrica no País, enquanto seu representante divulgou plano de expansão de rede que previa a abertura de 10 concessionárias até o fim do ano passado. Depois de todos esses anúncios, o Renavam registrou o emplacamento de apenas oito caminhões Foton no Brasil de janeiro a dezembro – menos ainda do que os nove licenciamentos de 2018 e abaixo de marcas que nem produzem mais aqui.

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