Estudo avaliou que empresas lideradas por mulheres investem em mídias...
Leia MaisLojas vão colocar roupas “em quarentena” depois de passarem por provador
Conforme lojas de roupas nos Estados Unidos e na Europa se preparam para o retorno gradual do comércio físico com novas diretrizes como uso de máscara, checagem de temperatura dos funcionários e marcação de distância para circulação dos clientes, outro local outrora inofensivo para os clientes também deverá ser repensado: o provador de roupas.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita pela empresa FIrst Insight, apontou que 65% das mulheres entrevistadas não se sentiriam seguras experimentando roupas em provadores. No país, lojas de departamento que têm grande volume de clientes já estão pensando numa “quarentena” para as peças. A Saks Fifth Avenue pretende retirar suas roupas das araras por 48 horas depois serem experimentadas. O mesmo valerá para peças trocadas ou retornadas. Os provadores serão limpos completamente depois do uso de cada cliente que entrar.
Já a Macy’s planeja colocar suas roupas provadas por clientes em “quarentena” por 24 horas, segundo informações do The Wall Street Journal. Outros varejistas, como Urban Outfitters e Target, devem simplesmente proibir completamente os provadores e devem “quarentenar” peças provenientes de troca ou devolução.
Na França, a Fédération Nationale de l’Habillement, sindicato patronal dos comerciantes de roupas, publicou um guia de práticas a serem seguidas pelas lojas. As regras incluem tornar obrigatório o uso de máscara por qualquer clientes que quiser experimentar uma peça. Depois de provada, se a peça de roupa não for comprada, ela deve ficar em “quarentena” por 4 horas e passada com vapor quente e desinfetante.
Em Paris, o luxo segue com as mesmas estratégias. Nas lojas da Louis Vuitton, as roupas provadas passam por um steamer antes de voltarem às araras enquanto bolsas que forem manipuladas por clientes devem ficar em quarentena por 48 horas. Os protocolos podem mudar dependendo do material e do nível de contato que uma certa peça tiver com os clientes que passarem pela loja.
Só toque se for comprar
“Ouvi varejistas tentarem desencorajar os clientes a tocar itens que não forem definitivamente comprar”, disse o consultor de varejo Hedgie Bartol, da Axis Communications ao The New York Post. “Imagina se alguém quisesse experimentar um maiô em uma loja que tem essa política?”, questiona.
Além de roupas e calçados, os departamentos de beleza da Macy’s oferecerão consultas e demonstrações “sem toque” e vendedores ajudarão os clientes a testar produtos em um pedaço de papel com um diagrama de um rosto, os chamados face charts. Antes de provarem joias e acessórios, clientes serão obrigados a usar desinfetante para as mãos.
Luz ultravioleta e calor
No entanto, fechar provadores indefinidamente ou pedir para o cliente não tocarem nas roupas não são soluções viáveis a longo prazo. A empresa americana Global Ozone Innovations está desenvolvendo um sistema de higienização que promete limpar roupas usando a tecnologia baseada em ozônio dentro de uma hora, com 99,95% de garantia de que todas as bactérias e vírus são eliminados. Testes estão sendo feitos para avaliar a desinfecção contra o novo coronavírus, disse o presidente da empresa a uma reportagem da CNBC.
Matar o Covid-19 com luz ultravioleta é outra opção que os varejistas estão avaliando. A empresa de iluminação Healthe afirma estar em contato com vários dos principais varejistas dos Estados Unidos sobre a implantação de seus produtos em lojas ou provadores, segundo matéria da CNBC. Fred Maxik, um ex-cientista da NASA e fundador e diretor científico de Healthe, desenvolveu o que ele afirma ser a primeira tecnologia com luz UVC distante e segura para humanos para combater o coronavírus.
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