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Inovação é a chave para driblar investimentos menores no setor automotivo

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Se o Brasil não recebe o mesmo dinheiro das matrizes para desenvolver tecnologia, o caminho é focar em uma abordagem mais inovadora, criativa e focada nas necessidades do consumidor. Esta é a receita defendida por Fábio Rabelo, head de digitalização e novos modelos de negócios da Volkswagen América do Sul.

Ele também é um dos embaixadores do #ABX20 – Automotive Business Experience, evento que acontece em 27 de maio e vai reunir conteúdo e gerar negócios para quem atua no setor automotivo e de mobilidade.

O executivo liderou projetos de grande impacto na nova fase da montadora no Brasil e ganharam destaque global na organização, apesar do investimento baixo. Entre eles está o desenvolvimento do manual cognitivo com inteligência artificial para os carros e um modelo de baixo custo para a digitalização das concessionárias da companhia no Brasil.

A seguir ele fala de suas realizações, fala da abordagem da companhia e do desafiado de preparar uma fabricante de veículos para ganhar relevância no cenário da nova mobilidade.

-Na sua visão, quais são as discussões sobre mobilidade e setor automotivo mais necessárias no Brasil neste momento?

Estamos passando por uma revolução. Até outro dia mobilidade era carro, moto e transporte público. Agora o mercado começa a incluir outros modais, como as bicicletas e patinetes que vimos passar a circular e agora começam a desaparecer por muitos motivos, como investimento, legislação e uma série de regras que inviabilizam o crescimento deste mercado.

A mobilidade é um setor enorme e, para acompanhar isso, a indústria automotiva passa por uma revolução. Os carros começam a ter cada vez mais valor agregado ao usuário, com muito conteúdo e soluções para suportar o dia a dia das pessoas.

Começamos em dezembro com uma concessionária e agora já estamos em duas lojas com ótimos resultados desde o início. Os veículos tiveram 70% de taxa de ocupação já no primeiro mês.

O que temos pensado é em como gerar valor para o cliente, em entregar novas soluções. Também trabalhamos, claro, para oferecer evoluções tecnológicas, desenvolver motores mais eficientes e avançar na eletrificação. É o que fizemos com o Golf GTE, por exemplo. É o primeiro carro híbrido que oferecemos ao mercado brasileiro, lançado no fim de 2019.

Precisamos ser mais eficientes e inovadores porque não temos o mesmo investimento que outros países têm. Por isso, na Volkswagen temos nos aprimorado em entender a dor cliente e propor soluções inteligentes, adequadas ao comportamento local.

E qual é o papel do automóvel neste novo cenário?

Não vejo um futuro da mobilidade em que o carro não esteja entre os atores principais. Talvez você mude o condutor, troque quem detém a propriedade, mas o carro não perde a relevância. Como fabricante de veículos, o nosso desafio é entregar produtos e soluções para estes novos usos, pensando nas necessidades de um motorista de aplicativo, por exemplo. Talvez, no fim das contas, tenhamos um aumento do mercado de veículos, não uma redução dele.

Diante deste contexto, o que acha essencial que o #ABX20 coloque em pauta?

O tema mobilidade é fundamental e Automotive Business tem abordado isso muito bem. É essencial discutirmos como as empresas tradicionais, como a Volkswagen, vão atuar em parceria com entrantes como Uber. Existe aí uma grande oportunidade de negócio para as organizações e de melhoria da mobilidade para a sociedade.

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