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Leia maisCom a queda das margens de lucro, muitos empresários enxergaram no ganho de escala a solução de lucratividade e sobrevivência de seus negócios. Buscando crescer dentro de uma mesma marca ou em portfólios de marcas distintas, muitos concessionários saíram de organizações com 1 a 3 lojas para cerca de 10, 20, 30, e por que não dizer de até 80 lojas como é o caso do Grupo Itavema, o maior grupo automotivo da América do Sul na atualidade.t.

Por CARLOS CAMPOS
Grupos precisam de novas competências para assegurar rentabilidade
O espírito empreendedor, a resiliência aos momentos de crise, a flexibilidade comercial e administrativa da maioria destes empresários é sem sobra de dúvida invejável. Prosperar em um ambiente altamente regulado, onde os resultados dos negócios são fortemente impactados por variáveis não controláveis por sua gestão, tais como: a atratividade do produto, competitividade do preço do produto, propaganda e promoções da montadora, ações das marcas concorrentes, taxa de juros, disponibilidade de crédito, entre outros – não é nada fácil.
Neste processo de acirramento de competitividade dos últimos anos, vários concessionários não conseguiram sobreviver e saíram do mercado. Alguns grupos cresceram de forma organizada, outros nem tanto. Alguns com planos estratégicos bem delineados, enquanto a grande maioria ao sabor da sorte.
O motor de crescimento de vários grupos foi seguramente o aumento de escala dentro ou fora da marca de origem, seja conquistando novas concessões (open points), seja através de aquisições de concessionários. Por oportunismo, ou por estratégia deliberada, fato é que hoje vários grupos possuem organizações muito mais complexas do que há 5 ou 10 anos atrás quando começaram o seu movimento de expansão.
Este maior volume contribuiu com oportunidades de diluição de custos fixos, porém trouxe também complexidades até então inesperadas para muitos destes empresários. Gerir um grupo de 5 ou 7 casas não é o mesmo do que administrar um conglomerado com 15, 20 ou 30 concessionários. Os patamares de escala trazem diluição proporcional de custos fixos, mas geram ao mesmo tempo necessidades de maior atenção à estrutura de gestão e controle. Com as margens espremidas, esta profissionalização em gestão é condição necessária à sobrevivência destes grupos.

Neste processo de profissionalização, o planejamento estratégico aparece como uma das alavancas importantes para dar direção ao grupo. Como crescer de forma sustentável? Como assegurar a rentabilidade? Quais as prioridades de investimento? Como melhor otimizar os recursos do grupo? São questões presentes a todos os processos de planejamento.
Um dos temas críticos presentes na definição da estratégia de um grande grupo é como assegurar sua rentabilidade. Aqui se faz necessário um estudo não apenas financeiro de identificação de oportunidades de otimização organizacional e operacional, mas, sobretudo uma análise estratégica de como o portfólio de suas marcas, em cada uma de suas áreas operacionais trará maiores ou menores pressões de lucratividade ao grupo.
Um grupo posicionado em marcas de grande volume e com novas casas com marcas emergentes poderá ter desafios de capital diferentes, das marcas posicionadas em segmentos mais Premium. O mix de marcas, a competitividade dos concorrentes destas marcas nas áreas operacionais, a previsão de lançamento de novos carros etc. são algumas das informações que compõe este análise.
No campo de melhorias operacionais surgem aos grupos desafios de outra ordem, tais como a padronização e atualização da tecnologia da informação, vis-à-vis à pressão por se adaptar aos padrões de cada marca. A adoção de uma estratégia saudável, de baixo custo e flexível de longo prazo é o melhor caminho para este tipo de negócio. Outro tema relevante são os custos logísticos de pátio, movimentação de carros usados e novos em terrenos cada vez mais caros e raros. O controle e gestão desta logística nunca foi alvo de preocupação da maioria dos concessionários, no entanto, hoje alguns grupos assumem volumes maiores do que algumas montadoras e ainda não possuem o mesmo arsenal e práticas de gestão que favoreçam a otimização dos custos desta área.
A Unidade de Negócio de usados é outro exemplo. Alguns grupos na busca de obter algum tipo de controle sobre a operação tentam implementar “mesas de operação” para avaliar o carro usado do cliente. Com a intenção de centralizar a avaliação, retirando o poder das mãos dos avaliadores, burocratizam o processo, criam custo fixo, gargalo operacional e geram muitas vezes insatisfação nos clientes pela demora em obter uma avaliação do seu carro. Hoje, Por conta dessa demanda, desenvolvemos um recente sistema¹ no qual é possível obter controle sobre a operação, alavancar a venda de novos, sem o custo fixo da mesa de avaliação, e ao mesmo tempo em que traz qualidade de atendimento e profissionalização para cada uma das lojas.
Essas são algumas das novas competências e desafios que os grandes grupos de concessionários precisam adquirir e enfrentar, várias outras estão ligadas ao relacionamento e retenção do cliente, gestão de serviços, entre outros são também focos para discussão e trabalhos intensos de planejamento e revisão estratégica. Os grupos melhor preparados seguramente serão os mais rentáveis.
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