Com perdas de R$ 22,5 biilhões, varejo precisa investir em tecnologia para ampliar ganhos

Com perdas de R$ 22,5 biilhões, varejo precisa investir em tecnologia para ampliar ganhos

As perdas são, verdadeiramente, as “pedras no sapato” para a sobrevivência e o crescimento dos varejistas. Só no ano passado, como aponta a 3ª Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo, divulgada no dia 24 de setembro pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), o índice médio das perdas foi de 1,36%, que representa em valores uma soma astronômica de R$ 22,44 bilhões do varejo restrito que, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), movimentou R$ 1,65 trilhão em 2019. Setores como o de supermercados convencionais (2,03%), perfumarias (1,99%), lojas de departamento (1,36%) e farmácias e drogarias (1,23%) sofrem muito na lucratividade de seus negócios com as perdas, sejam elas identificadas ou não-identificadas.

Em um mercado tão competitivo, mutável e que age com margens muito apertadas como o varejo, as empresas precisam adotar soluções que facilitem suas operações e aumentem os lucros. “Os varejistas que utilizam a tecnologia estão sempre na frente e conseguem ampliar resultados e diminuir as perdas, aproveitando da melhor forma o potencial de seu negócio”, afirma Adriano Sambugaro, diretor de Marketing e Vendas da Gunnebo (www.gunnebo.com.br), empresa de origem sueca e referência na proteção eletrônica para o varejo.

Para reverter esse cenário de perdas, que é amplamente dominado no varejo em geral por quebras operacionais (36%), furtos externos (24%) e furtos internos (13%), como aponta a Abrappe, Sambugaro reforça que, além da tecnologia, é preciso o varejista adotar processos eficientes de gestão e promover o engajamento das equipes de trabalho. Com isso, as perdas podem diminuir em até 80%. “Um ponto de venda pode parecer rentável, mas se não tiver a medição correta de perda, no lugar de lucro o varejista pode ter prejuízo”, argumenta o executivo.

Tecnologias indispensáveis ao varejo – Sambugaro diz que a tecnologia deve ser atualizada, compatível com o nível do negócio, de origem confiável e de razoável custo-benefício favorável ao empreendimento. Ele lembra, por exemplo, que a frente de caixa é um dos pontos mais sensíveis da operação de uma loja. Dados não oficiais apontam que essa área é responsável por até 30% das perdas.

Com o Gatecash, por exemplo, o varejista diminui as fraudes (cancelamentos de cupons indevidos, descontos irregulares e aberturas excessivas de gaveta) no PDV, além de minimizar os erros operacionais e até mesmo as falhas de inventário. Ele é uma ferramenta que disponibiliza análises de vídeos por meio de um avançado algoritmo que identifica automaticamente se o consumidor registrou alguma operação suspeita ou o colaborador cometeu uma fraude ou erro operacional.

Proteção e vendas – Os sistemas antifurtos permitem resultados eficientes no combate aos furtos e, uma vez utilizados de forma integrada, aumentam mais o nível de prevenção de perdas. A tecnologia EAS Inteligente da Gunnebo, por exemplo, possibilita ao varejista extrair dados importantes através de dashboards e, por meio deles, analisar o tempo de funcionamento dos equipamentos, quantidade de alarmes e de etiquetas desativadas, promover comparativos entre filiais ou análise de dados para correções da operação.

Ao investir em prevenção de perdas, os produtos com potencial de vendas, especialmente os de alto valor agregado, não precisam ficar confinados ou escondidos na loja. Com as soluções como cadeados eletrônicos e protetores acrílicos, eles podem ser melhores expostos e com o mínimo risco de perdas, melhorando as vendas. “Os cadeados proporcionam uma exposição atraente, interação e degustação do cliente com os produtos, como os eletroeletrônicos e os aparelhos de telefones celulares nas lojas de departamento”, afirma Sambugaro.