Produção caiu 32,5% e as exportações recuaram 16,7% .

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Argentina termina 2019 com mercado 45% menor

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A indústria automotiva da Argentina terminou 2019 com grandes números negativos. Vendas domésticas, exportações e produção caíram expressivamente, após mais um ano de crise econômica intensa que vem se aprofundando desde 2018. No total, os argentinos compraram 372,4 mil veículos no ano passado, o que representa forte retração de 45,4% sobre o exercício anterior e menos da metade do que já foi o mercado argentino – o que explica em boa medida a acentuada contração das exportações brasileiras , que têm no país vizinho seu maior cliente.

Após seguidos tombos, em dezembro houve melhora porcentual significativa do mercado argentino, com 31.151 veículos fatutrados aos concessionários, o que representa alta de 36% sobre novembro. No entanto, o número é 35,7% menor do que o observado no último mês de 2018, quando a crise já estava instalada no país.

Com apenas nove dias úteis de produção em dezembro, as fábricas produziram apenas 14.524 veículos no mês, fechando 2019 com o total de 314,8 mil unidades fabricadas, em acentuada baixa de 32,5% sobre o resultado de 2018.

As exportações não ajudaram: foram embarcados para fora da Argentina apenas 224,2 mil veículos produzidos no país, em retração de 16,7% ante 2018.

“A produção de veículos na Argentina foi afetada por vários fatores negativos ao longo do ano, com a contração do mercado interno por causa de desequilíbrios macroeconômicos, que se somou a uma menor demanda de nossos produtos no Brasil, principal destinos de nossas exportações”, avaliou Gabriel López, presidente da Adefa.


Para tentar recuperar o já grande terreno perdido e desenhar um futuro mais sustentável, a associação dos fabricantes de veículos da Argentina vem articulando um programa de desenvolvimento do setor, como o Brasil fez com o Rota 2030. “É fundamental continuar trabalhando na articulação público-privada para avançar na implementação da agenda do Plano Estratégico 2030, que elaboramos com toda a cadeia de valor para contar com uma política industrial de Estado de longo prazo, para estabelecer uma indústria automotiva competitiva e sustentável”, destacou López.

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