Agronegócio sustenta alta de 1,8% nas vendas de máquinas até agosto

Agronegócio sustenta alta de 1,8% nas vendas de máquinas até agosto

O agronegócio continua impulsionando os negócios do setor de máquinas agrícolas e de construção: dados da Anfavea divulgados na sexta-feira, 4, apontam que as vendas cresceram 1,8% no acumulado de janeiro a agosto sobre o resultado de iguais meses do ano passado, para pouco mais de 28,5 mil unidades. Em agosto, apesar da queda de 2,7% sobre julho, para 4,4 mil, o volume representou alta de 4,8% sobre o resultado de agosto de 2019.

De acordo com o vice-presidente da Anfavea, Alexandre Bernardes, mesmo com a queda, este foi o melhor agosto em vendas para o setor desde 2018. O bom momento do novo ano safra 2020-2021, que começou em julho, sustenta o otimismo dos produtores e seus planos em investir em novo maquinário para o próximo período.

“Os preços das commodities em ótimo patamar faz com que o agricultor esteja capitalizado. Além disso, máquinas de construção têm sido cada vez mais também utilizadas nao setor agro: em média, 25% da produção deste segmento tem sido dedicado ao agro”, comenta Bernardes.

Por outro lado, as exportações seguem em baixa. Em oito meses, o volume de embarques chegou a 5,8 mil unidades, 34% a menos do que em igual período do ano passado. Segundo Bernardes, menores volumes foram registrados tanto para a América Latina quanto para Europa e Estados Unidos, incluindo máquinas de construção.

Com isso, as exportações menores também reduziram o ritmo de produção das máquinas. De janeiro a agosto, as fábricas entregaram 28,6 mil equipamentos, entre agrícolas e de construção, volume 21,5% abaixo do verificado há um ano, quando a indústria produziu 36,5 mil.

Em agosto, com as fábricas já habituadas à nova rotina de medidas sanitárias implantadas para evitar a contaminação de coronavírus, a produção recuou 15% com relação a julho, para 4,4 mil máquinas. Segundo o vice-presidente da Anfavea, embora algumas empresas já utilizem 100% de sua capacidade, outras trabalham com até 75% de redução do quadro. Além disso, algumas produtoras enfrentam problemas de abastecimento de fornecedores.