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A hora e a vez do varejo de proximidade
A pandemia do COVID-19, mais do que provocar novos comportamentos, está acelerando mudanças que já se anunciavam no horizonte. Uma dessas tendências turbinadas é a valorização da proximidade.
O estilo de vida moderno e as mudanças demográficas, em especial nos grandes centros urbanos, vinha aos poucos alterando a maneira como as pessoas consomem – e também o lugar onde fazem suas compras. Como consequência, polos comerciais mais próximos das residências ou locais de trabalho da população dessas cidades estavam ganhando espaço, à medida que conseguiam oferecer a mistura precisa entre produtos e serviços relevantes para o público da região.
Os motivos que já favoreciam o varejo de proximidade antes da pandemia são conhecidos e a lista é encabeçada pela falta de tempo que afeta 62% dos brasileiros, de acordo com estudo feito pela ISMA-BR (International Stress Management Association Brasil). Apesar da pesquisa ter sido feita em 2015, nesses últimos anos o excesso de tarefas no dia a dia das pessoas não diminuiu. Provavelmente até aumentou.
No caso das mulheres, em boa parte a sobrecarga está relacionada com a dupla jornada à qual muitas estão submetidas. A participação feminina na força de trabalho tem aumentado de forma consistente e impressionante ao longo do tempo. Para entender esse movimento, basta dizer que em 1992 apenas 56,1% das mulheres em idade ativa trabalhavam. Em 2015 o índice já havia subido 5,5 pontos percentuais e deve chegar a 64,3% em 2030, segundo projeções do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Menos tempo e mais cansaço são fatores que estimulam o consumo de produtos e serviços de conveniência.
A maior quantidade de lares habitados por uma única pessoa é outro vetor de crescimento da procura por praticidade, traduzida na aquisição de volumes menores de compras e maior utilização de serviços, como o de alimentos preparados. No Brasil, entre 2000 e 2012, o número de residências com esse perfil pulou de 4,1 milhões para 6,9 milhões, uma elevação de 68%. A maior parcela dos que vivem sós é composta por idosos. De fato, continentes onde a idade média da população é maior contam com mais residências unipessoais. Na Europa, por exemplo, 27,7% das residências possuem um morador apenas. No Brasil, são 12%, de acordo com dados do Censo de 2010. A tendência de envelhecimento da população brasileira sugere, portanto, que a demanda por conveniência e proximidade deve evoluir ainda mais no futuro.
Por fim, embora não menos importante, devemos ressaltar os congestionamentos cada vez mais frequentes nas grandes cidades, que reduzem a propensão em utilizar veículos para o deslocamento, favorecendo o comércio próximo das casas e locais de trabalho das pessoas. Por este motivo, e também pelo desejo de viver de forma mais saudável, muita gente andava deixando o carro de lado e adotando caminhadas para cumprir tarefas rotineiras. Estudo recente da Kantar mostrou que, em São Paulo, o uso de carros deve cair 28% até 2030. Por outro lado, a frequência de caminhadas deve subir 25%. A conclusão óbvia é que comércios mais próximos, que os consumidores podem alcançar a pé, levarão vantagem em relação aos mais distantes.
Todos esses fatores beneficiam, em nosso país, o consumo de conveniência em polos comerciais caracterizados pela proximidade da casa ou trabalho das pessoas. Assim como explicam a evolução mais rápida das operações de serviços em comparação com lojas que comercializam simplesmente produtos. De fato, se somarmos os estabelecimentos de varejo e de serviços em operação no Brasil, encontraremos 60% deles dedicados a serviços e 40% a atividades varejistas, de acordo com relatório do IPC Maps. Vale dizer ainda que, entre 2001 e 2018, a quantidade de operações de varejo triplicou em nosso país, enquanto as unidades de serviços cresceram nada menos do que seis vezes. Isso prova que os brasileiros estão consumindo muito mais serviços do que antigamente.
As condições para a expansão do mercado de proximidade no Brasil estão colocadas. Há poucas dúvidas de que ele crescerá e tomará uma fatia importante do consumo das pessoas, favorecendo comércio local, shopping centers com ampla área de influência, comércio em terminais de transporte e strip malls. E os centros comerciais mais distantes, como ficam? Estes precisarão investir em operações que sejam destino, na oferta de experiências diferenciadas e em um mix de lojas muito atraente, com foco em experiências. Quem viver, verá.
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